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Quando tivemos a ideia de pedir aos utilizadores que nos enviassem fotografias antigas das "suas" praias, não sabíamos se a iniciativa ia resultar. Afinal, em período de férias tanto a preguiça (natural e saudável) como a menor atenção à internet podiam conjugar-se para que houvesse pouca participação. Para nossa surpresa, foi um êxito: minutos depois de lançado o desafio, recebíamos as primeiras imagens. Tivemos dezenas de fotos para mostrar, os comentários foram muitos, e entusiasmados, saudosos, por vezes enternecidos.
No dia em que pomos fim a este blog de verão de 2012, deixamos aqui um álbum que reúne todas as imagens que publicámos desde meados de julho. É uma viagem por um país ao sol, descalço, sorridente e bronzeado; é uma viagem no tempo e é também a prova do lugar muito especial que os verões na praia ocupam nas memórias de todos nós – seja há 20 ou há 60 anos. Agradecemos a todos os que partilharam essas memórias.
A encerrar: a praia da publicação #25 é a praia da Salema. Parabéns a quem adivinhou!
Fotografia de Pedro Crespo (1980)
Reconhece esta praia? Arrisca adivinhar onde é?
E também tem fotos antigas e recentes da sua praia preferida?
Envie as suas fotografias para omelhordoverao@sapo.pt e não se esqueça de indicar o local e o ano em que foram tiradas.
Queremos saber qual é a sua praia! As fotos serão publicadas no blogue omelhordoverao.blogs.sapo.pt.
RESPOSTA ao desafio anterior: A praia da publicação #24 é a Praia da Ilha de Faro! Parabéns a quem adivinhou!
Gosta de surf, kite surf, kayak surf e de outras tantas variantes da modalidade? Então rume a Vila Noa de Gaia para participar no Atlantic Surf Fest. Mais a sul, reina a música, gastronomia e... política, com o regresso de mais uma edição da Festa do Avante. Duas propostas das muitas que temos para lhe oferecer esta semana. Divirta-se!
Não há desculpas para ficar em casa! Esta semana é só escolher entre as muitas atividades anti-crise à disposição. Aproveite e divirta-se sem gastar um euro!
Saiba mais no artigo do Escape
Um dos frutos do verão dá também uma bela tarte. Leva pêssegos e licor de pêssego, para um sabor bem apurado. Veja a receita completa no SAPO Sabores.
Fui de férias 10 dias e comi lindamente sem (quase) preocupação: bolas de berlim com creme na praia (3), choquinhos fritos à Vila Real de Sto António, gambas ao alhinho, ameijoas à Bulhão pato, sardinhas assadas no pão, pizzas, e o resultado foi o aumento de 100 gramas na balança. Fantástico!
Saiba mais sobre as férias desta blogger em 80 nunca mais
Muitas vezes, quando viajamos pela Europa ficamo-nos pelas capitais. No entanto, há muito mais para descobrir no Velho Continente. Escolhemos 10 destinos, cheios de charme.
Saiba mais no artigo do SAPO Mulher
Setembro é o mês das vindimas! Nesta semana, arranca a famosa Festa das Vindimas em Palmela e o Festival das Vindimas em Torres Vedras. Mas se quer continuar em "modo verão", não pode perder a Rota do Petisco em Portimão. Ou então opte por dar um salto a Óbidos para o Cake Alive, um festival onde se celebra a doçaria com design arrebatador. Escolha no mapa, pois temos muitas propostas para si.
É um dos momentos mágicos na produção do vinho. É tempo de colher as uvas que vão preparar os melhores néctares e todos se concentram nas vindimas. Venha participar nesta celebração com os melhores programas para o Douro!
Leia o artigo no Escape
Nasceu durante a Feira de Santarém, há 39 anos, mas foi registada na cidade da feira que se seguiu, em Coimbra. Feirante desde que nasceu, casou com um homem também ele da vida ambulante, vem de uma família de circo. Vendem farturas há 20 anos. Esta é a história de Júlia Paiva, feirante de farturas.
«O segredo da melhor fartura? É o amor com que se faz». Júlia Paiva justifica assim o título deste artigo. Amor à arte, mas sobretudo amor à família, aos filhos. As fotografias de dois deles adornam esta caravana. As fotos dos outros dois estão numa segunda roulotte, que está a ser explorada noutra feira.
Encontramo-la a fazer a Feira de Corroios. A sua roulotte destaca-se das restantes, pelo tamanho, cores e aprumo. É Júlia quem pensa na imagem. É a marketeer da família. Todos usam farda rosa choque. «Os feirantes não me querem ao pé deles. Dizem que lhes estrago o negócio», diz sorridente. A roulotte "Império" impera junto das demais, mas nem sempre foi assim. Júlia e o marido, Pedro Lorador, começaram com uma pequena barraca de farturas e pipocas já lá vão 20 anos. Depois, andaram vários anos com uma pequena caravana. A "Império" foi construída aos poucos e funciona há sete anos. Os filhos mais velhos também já lá trabalham e não querem outra vida. Ao todo são quatro filhos (Marcelino, 19, Lizandra, 16, Jessica, sete, e Pedro, dois anos), também eles nascidos «cada um em cada porto».
De maio a outubro, fazem as feiras de norte a sul do país. Aliás, já não tanto para norte nem para sul, devido ao preço do gasóleo e das portagens. No resto do ano, procuram alternativas: «Fazemos procissões, mercados, supermercados... ou então vendo fruta, meias, o que estiver a dar na altura». Passar o inverno é a parte mais difícil, «mas se o governo e as câmaras nos dessem mais opções de trabalho de inverno, por exemplo, se nos arranjassem pontos estratégicos mesmo a pagar uma mensalidade era mais fácil. Nós entramos em Espanha e praticamente em todos os cantos há uma caravana, uma churraria. Aqui nós não conseguimos trabalhos de inverno, porque as câmaras não nos dão pontos. É o que nos falta, basicamente», diz Júlia. Mas numa vida de altos e baixos faz parte arriscar: «Às vezes vejo uma passagem onde as pessoas vão passear ao fim de semana e meto lá a roulotte. Sujeito-me a uma multa, e já fui multada, mas a gente arrisca. Temos filhos para criar», diz.
Júlia já procurou a estabilidade. Já pensou em ser cabeleireira. Também está inscrita no centro de emprego, mas um curriculo onde a única experiência é a de vendedora de farturas não tem ajudado. E o facto de só estar disponível no inverno também não. Mas «também não me estou a ver a fazer outra coisa», diz sorrindo.
E eis que surge a incontornável pergunta: E a crise tem afetado o negócio? «Muito, muito. Está uma diferença de 60 a 70%. No ano passado, notou-se pouco, mas neste ano a diferença é mesmo muito grande». E compensa mesmo assim? «Olhe, logo que eu safe a despesa, coma e beba e leva alguma coisinha para o gasóleo e para começar a próxima, está a feira ganha», remata Júlia.
A feirante destaca as relações fortes existentes entre a comunidade de feirantes e a liberdade de poder dispender do seu tempo como os pontos fortes de se ser feirante. Mau é mesmo não ter trabalho no inverno. Mas esta é a vida que sempre conheceu. Júlia vem de uma família com oito irmãos, todos eles feirantes. Diz-se feliz com a vida que tem: «Tenho quatro filhos maravilhosos, que são meus amigos. Não tenho ambição... vou vivendo».
A Feira de Corroios acaba a 2 de setembro, a Feira da Nazaré começa cinco dias depois. É tempo de desmontar a roulotte e seguir viagem...
@Sónia Santos Dias